A mangaká Chimaki Kuori, de Saintia Shô, também esteve presente no evento francês Japan Expo neste último final de semana. O tradicional jornal Le Monde fez uma rápida entrevista com ela, onde abaixo você confere os principais pontos comentados:
- Aceitar ser a mangaká de Saintia Shô foi um grande desafio, pois ela sabia que seria um trabalho desgastante e teria que enfrentar a crítica dos fãs acostumados com um universo canônico (original) de Saint Seiya.
- A ideia de Saintia Shô não é substituir os Cavaleiros do sexo masculino pelos do sexo feminino. A ideia era trazer alguns personagens masculino de volta e mesclá-los com lutadoras reais, capazes de trocar golpes pesados. Isso era algo importante para ela, pois ela sempre gostou de desenhar mulheres fortes. Não há cenas de nudez ou erotismo.
- A ideia de não utilizar máscaras nas guerreiras partiu do próprio criador Masami Kurumada. Na verdade foram apresentadas duas alternativas. A primeira seria mesclar elementos do clássico, com máscaras e personagens ocultos, mas ela e Kurumada acreditavam no fundo que isso não seria interessante. A segunda era criar uma nova classe de personagens, por isso surgiram as Saintias, que são guerreiras que servem a deusa Atena, podendo assumir sua feminilidade e sem a necessidade de se esconderem em máscaras.
- Saintia Shô não foi criado para responder um pedido específico da militância feminista, a ideia era renovar a série. Ela não tenta colocar questões políticas nos seus desenhos.
- Kurumada enviou uma lista de constelações que ainda não tinham sido exploradas e que ela poderia escolher. Ela quis então escolher armaduras elegantes o suficientes para personagens femininos. Como Cavalo Menor é o irmão mais novo do Pégaso, ela achou perfeito utilizar esta constelação na protagonista.